{"id":1925,"date":"2021-11-04T15:59:46","date_gmt":"2021-11-04T15:59:46","guid":{"rendered":"https:\/\/opmdcare.com\/leucoplasia-verrucosa-proliferativa\/"},"modified":"2022-07-13T12:53:09","modified_gmt":"2022-07-13T12:53:09","slug":"leucoplasia-verrucosa-proliferativa","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/opmdcare.com\/leucoplasia-verrucosa-proliferativa\/?lang=pt-pt","title":{"rendered":"Leucoplasia Verrucosa Proliferativa"},"content":{"rendered":"\n<h2 class=\"wp-block-heading\"><strong>DEFINI\u00c7\u00c3O<\/strong><\/h2>\n\n<p>A LVP pode ser considerada uma forma distinta de leucoplasia oral (LO) caracterizada por les\u00f5es multifocais, evolu\u00e7\u00e3o cl\u00ednica progressiva e altera\u00e7\u00f5es na apar\u00eancia cl\u00ednica e nas caracter\u00edsticas histopatol\u00f3gicas. No entanto, a posi\u00e7\u00e3o de classificar a LVP como uma entidade separada n\u00e3o \u00e9 universalmente aceite, uma vez que leucoplasias grandes e generalizadas, e n\u00e3o apenas LVPs, apresentam um risco distinto de transforma\u00e7\u00e3o maligna.<\/p>\n\n<p>Em 2020, o Grupo de Trabalho do Collaborating Centre for Oral Cancer da OMS reconheceu que \u201capesar de o termo LVP n\u00e3o ser perfeito para definir um grupo generalizado de pacientes com les\u00f5es multifocais \u00e9 o termo que mais se utiliza e, portanto, o Work Group recomendou que assim continuasse\u201d. O mesmo grupo prop\u00f4s a seguinte defini\u00e7\u00e3o: \u201cuma altera\u00e7\u00e3o progressiva, persistente e irrevers\u00edvel, caracterizada pela presen\u00e7a de m\u00faltiplas leucoplasias que frequentemente se tornam verrucosas\u201d.<\/p>\n\n<div style=\"margin: auto; width: 100%; \"><h3 class='azc_tsh_toggle' style='border: 1px solid #ebf7fa; '><a href='#' style='color: #05b3f4; font-size: 18px; font-weight: 600; '>Epidemiologia e Risco de Evolu\u00e7\u00e3o para Cancro<\/a><\/h3><div class='azc_tsh_toggle_container' style='border: 1px solid #ebf7fa; '><\/p>\n\n<ul><li>Estima-se que a preval\u00eancia geral de LO varie entre 1,5% e 2,6%. A LVP \u00e9 menos comum que a leucoplasia padr\u00e3o e os dados sobre a sua preval\u00eancia n\u00e3o est\u00e3o dispon\u00edveis.<\/li><li>A etiologia da LVP permanece desconhecida.<\/li><li>A LVP \u00e9 mais comum em mulheres idosas, independentemente da ra\u00e7a, e n\u00e3o est\u00e1 associada aos fatores de risco tradicionais da LO nem do Carcinoma de C\u00e9lulas Escamosas Oral (CCEO), ou seja, o consumo de tabaco e \u00e1lcool.<\/li><li>Aproximadamente dois ter\u00e7os dos casos de LVP ocorrem em pacientes que nunca fumaram e que n\u00e3o relataram consumo excessivo de \u00e1lcool.<\/li><li>A preval\u00eancia de HPV relatada na LVP varia entre 0 a 88% com base nos resultados de estudos com pequenos n\u00fameros de pacientes.<\/li><li>Um estudo que investigou a preval\u00eancia de HPV em 58 pacientes n\u00e3o mostrou diferen\u00e7as significativas entre pacientes com patologia de LVP e aqueles com LO convencional (24% contra 25%)<\/li><\/ul>\n\n<ul><li>No primeiro exame histopatol\u00f3gico, a maioria das les\u00f5es de LVP (52,5%) mostra hiperqueratose sem displasia ou hiperplasia verrucosa.<\/li><li>N\u00e3o obstante, a LVP est\u00e1 associada a uma maior incid\u00eancia de cancro oral entre as OPMDs, seja carcinoma verrucoso ou carcinoma de c\u00e9lulas escamosas.<\/li><li>Aproximadamente 61% dos pacientes com LVP desenvolvem cancro oral num per\u00edodo m\u00e9dio de 7,4 anos, embora tenha sido estimado atrav\u00e9s de uma revis\u00e3o sistem\u00e1tica que a transforma\u00e7\u00e3o maligna ocorre em 49,5% (IC 26,7%-72,4%) dos casos de LVP (Spriano et al., 2020) .<\/li><li>A taxa anual de transforma\u00e7\u00e3o maligna \u00e9 estimada em 10%.<\/li><li>Como evidenciado por s\u00e9ries de casos recentes, m\u00faltiplos carcinomas prim\u00e1rios de locais gengivais t\u00eam sido relatados na literatura sobre pacientes com LVP.<\/li><li>A taxa de mortalidade associada \u00e0 LVP \u00e9 de cerca de 40%.<\/li><\/ul>\n\n<p><\/div><\/div>\n\n<div style=\"margin: auto; width: 100%; \"><h3 class='azc_tsh_toggle' style='border: 1px solid #ebf7fa; '><a href='#' style='color: #05b3f4; font-size: 18px; font-weight: 600; '>Manifesta\u00e7\u00f5es Cl\u00ednicas<\/a><\/h3><div class='azc_tsh_toggle_container' style='border: 1px solid #ebf7fa; '><\/p>\n\n<p>Clinicamente, a LVP pode envolver uma \u00fanica grande \u00e1rea da mucosa oral, embora seja frequentemente multifocal, afetando a gengiva, a mucosa oral e a l\u00edngua em locais cont\u00edguos e n\u00e3o cont\u00edguos da cavidade oral. Os locais mais afetados pela LVP s\u00e3o a gengiva (62,7%), a mucosa oral (59,8%) e a l\u00edngua (49,1%). As Figuras 1-4 ilustram v\u00e1rios locais da cavidade oral com LVP.<\/p>\n\n<figure class=\"wp-block-image size-full\"><img fetchpriority=\"high\" decoding=\"async\" width=\"631\" height=\"344\" src=\"https:\/\/opmdcare.com\/wp-content\/uploads\/verrucous-leukoplakia-image1.jpeg\" alt=\"Figura 1: Sextante anterior inferior da gengiva com LVP densa, de aspeto nodular. Tamb&#xE9;m pode ser observada uma mancha pontilhada no sulco gengival inferior esquerdo.\" class=\"wp-image-870\" srcset=\"https:\/\/opmdcare.com\/wp-content\/uploads\/verrucous-leukoplakia-image1.jpeg 631w, https:\/\/opmdcare.com\/wp-content\/uploads\/verrucous-leukoplakia-image1-300x164.jpeg 300w\" sizes=\"(max-width: 631px) 100vw, 631px\" \/><figcaption>Figura 1: Sextante anterior inferior da gengiva com LVP densa, de aspeto nodular. Tamb\u00e9m pode ser observada uma mancha pontilhada no sulco gengival inferior esquerdo.<\/figcaption><\/figure>\n\n<figure class=\"wp-block-image size-full\"><img decoding=\"async\" width=\"621\" height=\"325\" src=\"https:\/\/opmdcare.com\/wp-content\/uploads\/verrucous-leukoplakia-image2.jpeg\" alt=\"Figura 2: LVP leve afetando os bordos ed&#xEA;ntulos\" class=\"wp-image-876\" srcset=\"https:\/\/opmdcare.com\/wp-content\/uploads\/verrucous-leukoplakia-image2.jpeg 621w, https:\/\/opmdcare.com\/wp-content\/uploads\/verrucous-leukoplakia-image2-300x157.jpeg 300w\" sizes=\"(max-width: 621px) 100vw, 621px\" \/><figcaption>Figura 2: LVP leve afetando os bordos ed\u00eantulos<\/figcaption><\/figure>\n\n<figure class=\"wp-block-image size-full\"><img decoding=\"async\" width=\"390\" height=\"187\" src=\"https:\/\/opmdcare.com\/wp-content\/uploads\/verrucous-leukoplakia-image3.jpeg\" alt=\"Figura 3: &#xC1;rea multifocal densa de LVP ao redor da lateral direita da l&#xED;ngua\" class=\"wp-image-882\" srcset=\"https:\/\/opmdcare.com\/wp-content\/uploads\/verrucous-leukoplakia-image3.jpeg 390w, https:\/\/opmdcare.com\/wp-content\/uploads\/verrucous-leukoplakia-image3-300x144.jpeg 300w\" sizes=\"(max-width: 390px) 100vw, 390px\" \/><figcaption>Figura 3: \u00c1rea multifocal densa de LVP ao redor da lateral direita da l\u00edngua<\/figcaption><\/figure>\n\n<figure class=\"wp-block-image size-full\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"525\" height=\"410\" src=\"https:\/\/opmdcare.com\/wp-content\/uploads\/verrucous-leukoplakia-image4.jpeg\" alt=\"Figura 4: Rebordo ed&#xEA;ntulo posterior inferior esquerdo afetado por LVP.\" class=\"wp-image-888\" srcset=\"https:\/\/opmdcare.com\/wp-content\/uploads\/verrucous-leukoplakia-image4.jpeg 525w, https:\/\/opmdcare.com\/wp-content\/uploads\/verrucous-leukoplakia-image4-300x234.jpeg 300w\" sizes=\"(max-width: 525px) 100vw, 525px\" \/><figcaption>Figura 4: Rebordo ed\u00eantulo posterior inferior esquerdo afetado por LVP.<\/figcaption><\/figure>\n\n<p>As principais caracter\u00edsticas da LVP s\u00e3o a multifocalidade e a evolu\u00e7\u00e3o cl\u00ednica progressiva. As les\u00f5es orais na LVP est\u00e3o frequentemente associadas a altera\u00e7\u00f5es cont\u00ednuas no quadro cl\u00ednico e histopatol\u00f3gico. A Tabela 1 identifica as caracter\u00edsticas cl\u00ednicas da LVP, conforme descrito no mais recente relat\u00f3rio sobre OPMDs preparado pelo Collaborating Centre for Oral Cancer da OMS.<\/p>\n\n<figure class=\"wp-block-table\"><table><tbody><tr><td><strong>Manifesta\u00e7\u00f5es Cl\u00ednicas da LVP<\/strong><\/td><\/tr><tr><td>M\u00faltiplas manchas brancas espessas em mais de dois locais distintos, frequentemente encontradas na gengiva, rebordos alveolares e palato.<\/td><\/tr><tr><td>A maioria das les\u00f5es apresenta um padr\u00e3o verrucoso.<\/td><\/tr><tr><td>As les\u00f5es espalham-se e coalescem durante o desenvolvimento.<\/td><\/tr><tr><td>Recorr\u00eancia numa \u00e1rea previamente tratada<\/td><\/tr><\/tbody><\/table><\/figure>\n\n<p><strong>Tabela 1:<\/strong> Manifesta\u00e7\u00e3o cl\u00ednica da LVP, de acordo com o Collaborating Centre for Oral Cancer (2020) da OMS [4].<\/p>\n\n<p>Geralmente, a LVP tem in\u00edcio como leucoplasia homog\u00e9nea sem presen\u00e7a de displasia no exame histol\u00f3gico e evolui progressivamente para les\u00f5es verrucosas numa \u00e1rea \u00fanica ou m\u00faltipla da mucosa oral. Na sua fase inicial, a LVP manifesta-se como uma ou mais leucoplasias que progressivamente afetam v\u00e1rios locais com dissemina\u00e7\u00e3o gradual de uma \u00fanica les\u00e3o ou coalesc\u00eancia de m\u00faltiplas les\u00f5es [3,4], podendo apresentar-se como uma les\u00e3o multifocal sem a apar\u00eancia verrucosa t\u00edpica. Al\u00e9m disso, a les\u00e3o inicial pode ser branca e plana, por vezes apresentando aspeto liquenoide, dificultando a distin\u00e7\u00e3o entre a LVP e o l\u00edquen plano oral (LPO) [3,4,28,29]. Nesses casos, a LVP pode ser erroneamente tratada como LPO por longos per\u00edodos com o risco subsequente de n\u00e3o confirmar ou atrasar o diagn\u00f3stico de um poss\u00edvel carcinoma de c\u00e9lulas escamosas oral.<\/p>\n\n<p>A LVP tamb\u00e9m foi caracterizada por eritema proeminente (19% na s\u00e9rie de Villa et al) com uma taxa de transforma\u00e7\u00e3o maligna (MTR) de 100% quando comparada com as les\u00f5es sem componente eritematoso (MTR 62,5%).<\/p>\n\n<p><\/div><\/div>\n\n<div style=\"margin: auto; width: 100%; \"><h3 class='azc_tsh_toggle' style='border: 1px solid #ebf7fa; '><a href='#' style='color: #05b3f4; font-size: 18px; font-weight: 600; '>Diagn\u00f3stico<\/a><\/h3><div class='azc_tsh_toggle_container' style='border: 1px solid #ebf7fa; '><\/p>\n\n<ul><li>As caracter\u00edsticas histopatol\u00f3gicas da LVP n\u00e3o s\u00e3o patognom\u00f3nicas e s\u00e3o inespec\u00edficas, podendo adquirir o aspeto de hiperqueratose nos est\u00e1gios iniciais, hiperplasia verrucosa e diferentes graus de displasia.<\/li><li>Al\u00e9m disso, os casos clinicamente caracterizados por um componente inflamat\u00f3rio ou apar\u00eancia liquenoide podem apresentar uma banda linfoc\u00edtica \u201cliquenoide\u201d e ser erradamente diagnosticados como LPO.<\/li><li>Assim, o diagn\u00f3stico definitivo da LVP \u00e9 feito com base nos resultados cl\u00ednicos e na caracteriza\u00e7\u00e3o histopatol\u00f3gica.<\/li><li>Toda a les\u00e3o branca que se torne verrucosa e exof\u00edtica, com dissemina\u00e7\u00e3o ao longo do tempo e recorr\u00eancia ap\u00f3s o tratamento, deve ser considerada LVP.<\/li><\/ul>\n\n<p>Desde a primeira defini\u00e7\u00e3o em 1985, outros autores propuseram crit\u00e9rios diagn\u00f3sticos alternativos. Em 2010, Cerero-Lapiedra et al propuseram cinco crit\u00e9rios major e quatro minor, com as suas combina\u00e7\u00f5es espec\u00edficas, para estabelecer um diagn\u00f3stico precoce de LVP (Tabela 2).<\/p>\n\n<figure class=\"wp-block-table\"><table><tbody><tr><td><strong>Crit\u00e9rios Major<\/strong><\/td><td><strong>Crit\u00e9rios Minor<\/strong><\/td><\/tr><tr><td>Leucoplasia oral afetando mais de dois locais distintos (frequentemente gengiva, palato e rebordo alveolar)<\/td><td>As les\u00f5es cobrem uma extens\u00e3o de mucosa que excede 3 cm (na soma de todas as \u00e1reas afetadas)<\/td><\/tr><tr><td>Apar\u00eancia cl\u00ednica verrucosa<\/td><td>G\u00e9nero feminino<\/td><\/tr><tr><td>As les\u00f5es mostram progress\u00e3o cl\u00ednica e metastiza\u00e7\u00e3o<\/td><td>N\u00e3o-fumador (independentemente do g\u00e9nero)<\/td><\/tr><tr><td>Recorr\u00eancia numa \u00e1rea previamente tratada<\/td><td>Evolu\u00e7\u00e3o da doen\u00e7a superior a 5 anos<\/td><\/tr><tr><td>Quadro histopatol\u00f3gico de hiperqueratose epitelial oral ou hiperplasia verrucosa, carcinoma verrucoso ou carcinoma de c\u00e9lulas escamosas.<\/td><td><br \/><\/td><\/tr><\/tbody><\/table><\/figure>\n\n<p class=\"has-text-align-center\">O diagn\u00f3stico de LVP pode ser estabelecido quando: <br \/>tr\u00eas dos crit\u00e9rios major (incluindo o crit\u00e9rio histopatol\u00f3gico) <br \/>ou dois crit\u00e9rios major (incluindo o crit\u00e9rio histopatol\u00f3gico) e dois minor<\/p>\n\n<p><strong>Tabela 2:<\/strong> Crit\u00e9rios de diagn\u00f3stico de LVP de acordo com Cicero-Lapiedra et al. (Modificado por [3,20]).<\/p>\n\n<p>Carrard et al propuseram simplificar os crit\u00e9rios de diagn\u00f3stico da LVP, omitindo a distin\u00e7\u00e3o entre crit\u00e9rios major e minor, sugerindo quatro crit\u00e9rios que devem ser observados (Tabela 3).<\/p>\n\n<figure class=\"wp-block-table\"><table><tbody><tr><td><strong>Crit\u00e9rios de diagn\u00f3stico modificados: todos os quatro devem ser confirmados.<\/strong><\/td><\/tr><tr><td>Leucoplasia apresentado \u00e1reas verrucosas, envolvendo mais de duas sub-regi\u00f5es orais. S\u00e3o reconhecidas as seguintes sub-regi\u00f5es: dorso da l\u00edngua (unilateral ou bilateral), bordo da l\u00edngua, mucosa jugal, mucosa alveolar ou gengiva superior, mucosa alveolar ou gengiva inferior, palatos duro e mole, pavimento da boca (mucosa por baixo da l\u00edngua), l\u00e1bio superior e l\u00e1bio inferior.<\/td><\/tr><tr><td>Somando todos os locais envolvidos, o tamanho m\u00ednimo da amostra deve ser de, pelo menos, tr\u00eas cent\u00edmetros.<\/td><\/tr><tr><td>Um per\u00edodo de evolu\u00e7\u00e3o de doen\u00e7a bem documentado de pelo menos cinco anos, sendo caracterizado por dissemina\u00e7\u00e3o e aumento e ocorr\u00eancia de uma ou mais reincid\u00eancias numa \u00e1rea previamente tratada.<\/td><\/tr><tr><td>Deve ser realizada pelo menos uma bi\u00f3psia para descartar a presen\u00e7a de carcinoma verrucoso ou carcinoma de c\u00e9lulas escamosas.<\/td><\/tr><\/tbody><\/table><\/figure>\n\n<p><strong>Tabela 3:<\/strong> Crit\u00e9rios de diagn\u00f3stico de LVP simplificados.<\/p>\n\n<ul><li>Ao obter uma bi\u00f3psia de uma les\u00e3o suspeita de LVP, bem como de LO n\u00e3o-homog\u00e9nea, \u00e9 importante escolher as partes mais representativas para evitar o subdiagn\u00f3stico.<\/li><li>O exame histopatol\u00f3gico pode levar a um diagn\u00f3stico vari\u00e1vel dentro de uma mesma les\u00e3o. Por esse motivo, v\u00e1rias bi\u00f3psias de mapeamento s\u00e3o frequentemente recomendadas. Bi\u00f3psias de mapeamento m\u00faltiplas e peri\u00f3dicas s\u00e3o recomendadas em casos de LVP para detetar diferentes graus de displasia ou para excluir CCEO.<\/li><li>Foi relatado em casos de LVP e LO n\u00e3o-homog\u00e9nea que podem n\u00e3o ser diagnosticados aproximadamente 10% a 17% dos casos de CCEO com a realiza\u00e7\u00e3o de apenas uma \u00fanica bi\u00f3psia.<\/li><\/ul>\n\n<p><\/div><\/div>\n\n<div style=\"margin: auto; width: 100%; \"><h3 class='azc_tsh_toggle' style='border: 1px solid #ebf7fa; '><a href='#' style='color: #05b3f4; font-size: 18px; font-weight: 600; '>Tratamento e Preven\u00e7\u00e3o<\/a><\/h3><div class='azc_tsh_toggle_container' style='border: 1px solid #ebf7fa; '><\/p>\n\n<ul><li>O tratamento e a preven\u00e7\u00e3o da LVP s\u00e3o particularmente desafiantes. Na \u00faltima d\u00e9cada, foram propostas diferentes abordagens para reduzir a alta incid\u00eancia de cancro oral em pacientes com LVP.<\/li><li>At\u00e9 ao momento, nenhum dos tratamentos (cirurgia, ex\u00e9rese com laser, retinoides, terapia fotodin\u00e2mica e quimioterapia) se mostrou eficaz na redu\u00e7\u00e3o do risco de desenvolvimento do cancro oral nesses pacientes.<\/li><\/ul>\n\n<ul><li>Apesar da falta de evid\u00eancias sobre a efic\u00e1cia, o tratamento cir\u00fargico \u00e9 a interven\u00e7\u00e3o mais frequente no tratamento da LVP.<\/li><li>Quando a LVP \u00e9 caracterizada por pequenas les\u00f5es, e se a \u00e1rea for discreta, pode ser tentada a ex\u00e9rese. Contudo, o paciente deve estar ciente de que ser\u00e1 necess\u00e1rio acompanhamento cont\u00ednuo devido ao alto risco de cancro oral e de recidiva da les\u00e3o (71%).<\/li><li>A maioria dos casos de LVP demonstra grandes les\u00f5es e envolve \u00e1reas multifocais n\u00e3o cont\u00edguas.<\/li><li>Uma revis\u00e3o sistem\u00e1tica recente evidencia que a taxa geral de recidiva de LVP em todas as modalidades de tratamento \u00e9 de aproximadamente 85%, sem qualquer redu\u00e7\u00e3o na incid\u00eancia de cancro.<\/li><li>Por todas essas raz\u00f5es, a excis\u00e3o cir\u00fargica de LVP extensa pode ser considerada uma op\u00e7\u00e3o de tratamento agressivo, impratic\u00e1vel e desnecess\u00e1rio.<\/li><\/ul>\n\n<ul><li>Muitos m\u00e9dicos escolhem uma abordagem de \u201cesperar e ver\u201d, sempre acompanhadas de m\u00faltiplas bi\u00f3psias peri\u00f3dicas e examina\u00e7\u00e3o cl\u00ednica regular.<\/li><li>O objetivo desta abordagem \u00e9 identificar o in\u00edcio muito precoce do cancro oral, proporcionando o melhor resultado e progn\u00f3stico do tratamento.<\/li><\/ul>\n\n<p>Em conclus\u00e3o, e considerando a alta incid\u00eancia de cancro em pacientes com LVP, m\u00faltiplas bi\u00f3psias e o acompanhamento cl\u00ednico rigoroso s\u00e3o obrigat\u00f3rios (a cada 3-6 meses, dependendo das caracter\u00edsticas cl\u00ednicas). O momento da transforma\u00e7\u00e3o maligna \u00e9 imprevis\u00edvel, portanto, o acompanhamento cont\u00ednuo \u00e9 imprescind\u00edvel.<\/p>\n\n<p><\/div><\/div>\n\n<div style=\"margin: auto; width: 100%; \"><h3 class='azc_tsh_toggle' style='border: 1px solid #ebf7fa; '><a href='#' style='color: #05b3f4; font-size: 18px; font-weight: 600; '>Read more<\/a><\/h3><div class='azc_tsh_toggle_container' style='border: 1px solid #ebf7fa; '><\/p>\n\n<p>1. Hansen, L.S.; Olson, J.A.; Silverman, S. Proliferative verrucous leukoplakia. A long-term study of thirty patients. <em>Oral Surgery, Oral Med. Oral Pathol.<\/em> <strong>1985<\/strong>, <em>60<\/em>, 285\u2013298, doi:10.1016\/0030-4220(85)90313-5.<\/p>\n\n<p>2. Aguirre-Urizar, J.M. Proliferative multifocal leukoplakia better name that proliferative verrucous leukoplakia. <em>World J. Surg. Oncol.<\/em> <strong>2011<\/strong>, <em>9<\/em>, 122, doi:10.1186\/1477-7819-9-122.<\/p>\n\n<p>3. Villa, A.; Menon, R.S.; Kerr, A.R.; De Abreu Alves, F.; Guollo, A.; Ojeda, D.; Woo, S.B. Proliferative leukoplakia: Proposed new clinical diagnostic criteria. <em>Oral Dis.<\/em> <strong>2018<\/strong>, <em>24<\/em>, 749\u2013760, doi:10.1111\/odi.12830.<\/p>\n\n<p>4. Warnakulasuriya, S.; Kujan, O.; Aguirre\u2010Urizar, J.M.; Bagan, J. V.; Gonz\u00e1lez\u2010Moles, M.\u00c1.; Kerr, A.R.; Lodi, G.; Mello, F.W.; Monteiro, L.; Ogden, G.R.; et al. Oral potentially malignant disorders: A consensus report from an international seminar on nomenclature and classification, convened by the WHO Collaborating Centre for Oral Cancer. <em>Oral Dis.<\/em> <strong>2020<\/strong>, odi.13704, doi:10.1111\/odi.13704.<\/p>\n\n<p>5. Villa, A.; Sonis, S. Oral leukoplakia remains a challenging condition. <em>Oral Dis.<\/em> <strong>2018<\/strong>, <em>24<\/em>, 179\u2013183, doi:10.1111\/odi.12781.<\/p>\n\n<p>6. van der Waal, I. Oral leukoplakia; a proposal for simplification and consistency of the clinical classification and terminology. <em>Med. Oral Patol. Oral y Cir. Bucal<\/em> <strong>2019<\/strong>, <em>24<\/em>, e799\u2013e803, doi:10.4317\/medoral.23372.<\/p>\n\n<p>7. Petti, S. Pooled estimate of world leukoplakia prevalence: A systematic review. <em>Oral Oncol.<\/em> <strong>2003<\/strong>, <em>39<\/em>, 770\u2013780, doi:10.1016\/S1368-8375(03)00102-7.<\/p>\n\n<p>8. Lombardi, N.; D\u2019amore, F.; Elli, C.; Pispero, A.; Moneghini, L.; Franchini, R. Gingival lesion in proliferative verrucous leukoplakia. <em>Dent. Cadmos<\/em> <strong>2020<\/strong>, <em>88<\/em>, 647\u2013648, doi:10.19256\/d.cadmos.10.2020.03.<\/p>\n\n<p>9. Staines, K.; Rogers, H. Oral leukoplakia and proliferative verrucous leukoplakia: A review for dental practitioners. <em>Br. Dent. J.<\/em> <strong>2017<\/strong>, <em>223<\/em>, 655\u2013661, doi:10.1038\/sj.bdj.2017.881.<\/p>\n\n<p>10. Varoni, E.M.; Lombardi, N.; Franchini, R.; D\u2019Amore, F.; Noviello, V.; Cassani, B.; Moneghini, L.; Sardella, A.; Lodi, G. Oral Human Papillomavirus (HPV) and sexual behaviors in a young cohort of oral cancer survivors. <em>Oral Dis.<\/em> <strong>2021<\/strong>, <em>27<\/em>, 919\u2013923, doi:10.1111\/odi.13622.<\/p>\n\n<p>11. Bagan, J. V.; Jimenez, Y.; Murillo, J.; Gavald\u00e1, C.; Poveda, R.; Scully, C.; Alberola, T.M.; Torres-Puente, M.; P\u00e9rez-Alonso, M. Lack of Association Between Proliferative Verrucous Leukoplakia and Human Papillomavirus Infection. <em>J. Oral Maxillofac. Surg.<\/em> <strong>2007<\/strong>, <em>65<\/em>, 46\u201349, doi:10.1016\/j.joms.2005.12.066.<\/p>\n\n<p>12. Palefsky, J.M.; Silverman, S.; Abdel\u2010Salaam, M.; Daniels, T.E.; Greenspan, J.S. Association between proliferative verrucous leukoplakia and infection with human papillomavirus type 16. <em>J. Oral Pathol. Med.<\/em> <strong>1995<\/strong>, <em>24<\/em>, 193\u2013197, doi:10.1111\/j.1600-0714.1995.tb01165.x.<\/p>\n\n<p>13. Campisi, G.; Giovannelli, L.; Ammatuna, P.; Capra, G.; Colella, G.; Di Liberto, C.; Gandolfo, S.; Pentenero, M.; Carrozzo, M.; Serpico, R.; et al. Proliferative verrucous vs conventional leukoplakia: No significantly increased risk of HPV infection. <em>Oral Oncol.<\/em> <strong>2004<\/strong>, <em>40<\/em>, 835\u2013840, doi:10.1016\/j.oraloncology.2004.02.007.<\/p>\n\n<p>14. Cabay, R.J.; Morton, T.H.; Epstein, J.B. Proliferative verrucous leukoplakia and its progression to oral carcinoma: A review of the literature. <em>J. Oral Pathol. Med.<\/em> <strong>2007<\/strong>, <em>36<\/em>, 255\u2013261, doi:10.1111\/j.1600-0714.2007.00506.x.<\/p>\n\n<p>15. Iocca, O.; Sollecito, T.P.; Alawi, F.; Weinstein, G.S.; Newman, J.G.; De Virgilio, A.; Di Maio, P.; Spriano, G.; Pardi\u00f1as L\u00f3pez, S.; Shanti, R.M. Potentially malignant disorders of the oral cavity and oral dysplasia: A systematic review and meta-analysis of malignant transformation rate by subtype. <em>Head Neck<\/em> 2020, <em>42<\/em>, 539\u2013555.<\/p>\n\n<p>16. Villa, A.; Celentano, A.; Glurich, I.; Borgnakke, W.S.; Jensen, S.B.; Peterson, D.E.; Delli, K.; Ojeda, D.; Vissink, A.; Farah, C.S. World Workshop on Oral Medicine VII: Prognostic biomarkers in oral leukoplakia: A systematic review of longitudinal studies. <em>Oral Dis.<\/em> 2019, <em>25<\/em>, 64\u201378.<\/p>\n\n<p>17. Lodi, G.; Tarozzi, M.; Baruzzi, E.; Costa, D.; Franchini, R.; D\u2019Amore, F.; Carassi, A.; Lombardi, N. Odontoiatria e cancro della bocca: dai fattori di rischio alla riabilitazione &#8211; Modulo 1: Epidemiologia e fattori di rischio. <em>Dent. Cadmos<\/em> <strong>2021<\/strong>, <em>89<\/em>, 01, doi:10.19256\/d.cadmos.01.2021.14.<\/p>\n\n<p>18. Lombardi, N.; Varoni, E.M.; Moneghini, L.; Lodi, G. Submucosal oral squamous cell carcinoma of the tongue. <em>Oral Oncol.<\/em> <strong>2021<\/strong>, <em>115<\/em>, 105121, doi:10.1016\/j.oraloncology.2020.105121.<\/p>\n\n<p>19. Capella, D.L.; Gon\u00e7alves, J.M.; Abrantes, A.A.A.; Grando, L.J.; Daniel, F.I. Proliferative verrucous leukoplakia: diagnosis, management and current advances. <em>Braz. J. Otorhinolaryngol.<\/em> <strong>2017<\/strong>, <em>83<\/em>, 585\u2013593, doi:10.1016\/j.bjorl.2016.12.005.<\/p>\n\n<p>20. Cerero-Lapiedra, R.; Balade-Martinez, D.; Moreno-Lopez, L.; Esparza-Gomez, G.; Bagan, J. Proliferative verrucous leukoplakia: A proposal for diagnostic criteria. <em>Med. Oral Patol. Oral y Cir. Bucal<\/em> <strong>2010<\/strong>, <em>15<\/em>, e839\u2013e845, doi:10.4317\/medoral.15.e839.<\/p>\n\n<p>21. Pentenero, M.; Meleti, M.; Vescovi, P.; Gandolfo, S. Oral proliferative verrucous leucoplakia: Are there particular features for such an ambiguous entity? A systematic review. <em>Br. J. Dermatol.<\/em> 2014, <em>170<\/em>, 1039\u20131047.<\/p>\n\n<p>22. Villa, A.; Woo, S. Bin Leukoplakia\u2014A Diagnostic and Management Algorithm. <em>J. Oral Maxillofac. Surg.<\/em> 2017, <em>75<\/em>, 723\u2013734.<\/p>\n\n<p>23. Bagan, J.; Murillo-Cortes, J.; Poveda-Roda, R.; Leopoldo-Rodado, M.; Bagan, L. Second primary tumors in proliferative verrucous leukoplakia: a series of 33 cases. <em>Clin. Oral Investig.<\/em> <strong>2020<\/strong>, <em>24<\/em>, 1963\u20131969, doi:10.1007\/s00784-019-03059-9.<\/p>\n\n<p>24. Abadie, W.M.; Partington, E.J.; Fowler, C.B.; Schmalbach, C.E. Optimal Management of Proliferative Verrucous Leukoplakia: A Systematic Review of the Literature. <em>Otolaryngol. &#8211; Head Neck Surg. (United States)<\/em> <strong>2015<\/strong>, <em>153<\/em>, 504\u2013511, doi:10.1177\/0194599815586779.<\/p>\n\n<p>25. Warnakulasuriya, S.; Johnson, N.W.; Van Der Waal, I. Nomenclature and classification of potentially malignant disorders of the oral mucosa. <em>J. Oral Pathol. Med.<\/em> 2007, <em>36<\/em>, 575\u2013580.<\/p>\n\n<p>26. Ghazali, N.; Bakri, M.M.; Zain, R.B. Aggressive, multifocal oral verrucous leukoplakia: proliferative verrucous leukoplakia or not? <em>J. Oral Pathol. Med.<\/em> <strong>2003<\/strong>, <em>32<\/em>, 383\u2013392, doi:10.1034\/j.1600-0714.2003.00180.x.<\/p>\n\n<p>27. Warnakulasuriya, S. Clinical features and presentation of oral potentially malignant disorders. <em>Oral Surg. Oral Med. Oral Pathol. Oral Radiol.<\/em> 2018, <em>125<\/em>, 582\u2013590.<\/p>\n\n<p>28. Garcia-Pola, M.; Llorente-Pendas, S.; Gonzalez-Garcia, M.; Garcia-Martin, J. The development of proliferative verrucous leukoplakia in oral lichen planus. A preliminary study. <em>Med. Oral Patol. Oral y Cir. Bucal<\/em> <strong>2016<\/strong>, <em>21<\/em>, e328\u2013e334, doi:10.4317\/medoral.20832.<\/p>\n\n<p>29. McParland, H.; Warnakulasuriya, S. Lichenoid morphology could be an early feature of oral proliferative verrucous leukoplakia. <em>J. Oral Pathol. Med.<\/em> <strong>2021<\/strong>, <em>50<\/em>, 229\u2013235, doi:10.1111\/jop.13129.<\/p>\n\n<p>30. Carrard, V.C.; Brouns, E.R.E.A.; van der Waal, I. Proliferative verrucous leukoplakia; A critical appraisal of the diagnostic criteria. <em>Med. Oral Patol. Oral Cir. Bucal<\/em> <strong>2013<\/strong>, <em>18<\/em>, e411\u2013e413, doi:10.4317\/medoral.18912.<\/p>\n\n<p>31. Warnakulasuriya, S. Oral potentially malignant disorders: A comprehensive review on clinical aspects and management. <em>Oral Oncol.<\/em> <strong>2020<\/strong>, <em>102<\/em>, 104550, doi:10.1016\/j.oraloncology.2019.104550.<\/p>\n\n<p>32. Pentenero, M.; Carrozzo, M.; Pagano, M.; Galliano, D.; Broccoletti, R.; Scully, C.; Gandolfo, S. Oral mucosal dysplastic lesions and early squamous cell carcinomas: Underdiagnosis from incisional biopsy. <em>Oral Dis.<\/em> <strong>2003<\/strong>, <em>9<\/em>, 68\u201372, doi:10.1034\/j.1601-0825.2003.02875.x.<\/p>\n\n<p>33. Lee, J.J.; Hung, H.C.; Cheng, S.J.; Chiang, C.P.; Liu, B.Y.; Yu, C.H.; Jeng, J.H.; Chang, H.H.; Kok, S.H. Factors associated with underdiagnosis from incisional biopsy of oral leukoplakic lesions. <em>Oral Surgery, Oral Med. Oral Pathol. Oral Radiol. Endodontology<\/em> <strong>2007<\/strong>, <em>104<\/em>, 217\u2013225, doi:10.1016\/j.tripleo.2007.02.012.<\/p>\n\n<p>34. Lodi, G.; Franchini, R.; Warnakulasuriya, S.; Varoni, E.M.; Sardella, A.; Kerr, A.R.; Carrassi, A.; MacDonald, L.C.; Worthington, H. V.; Mauleffinch, L.F. Limited evidence for interventions to treat oral leukoplakia. <em>Evid. Based. Dent.<\/em> 2017, <em>18<\/em>, 92\u201393.<\/p>\n\n<p>35. Thomson, P.J.; McCaul, J.A.; Ridout, F.; Hutchison, I.L. To treat\u2026or not to treat? Clinicians\u2019 views on the management of oral potentially malignant disorders. <em>Br. J. Oral Maxillofac. Surg.<\/em> <strong>2015<\/strong>, <em>53<\/em>, 1027\u20131031, doi:10.1016\/j.bjoms.2015.08.263.<\/p>\n\n<p><\/div><\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"<p>DEFINI\u00c7\u00c3O A LVP pode ser considerada uma forma distinta de leucoplasia oral (LO) caracterizada por les\u00f5es multifocais, evolu\u00e7\u00e3o cl\u00ednica progressiva e altera\u00e7\u00f5es na apar\u00eancia cl\u00ednica e nas caracter\u00edsticas histopatol\u00f3gicas. 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